Terapia com Animais

Estudos demonstram que os animais podem ajudar-nos com as dificuldades da vida, trazendo suporte e melhora da nossa saúde e da nossa própria auto-estima. Os animais tocam em quase todas as áreas das nossas vidas e invoca diferentes sentimentos, dos quais o amor, a compaixão, a felicidade, o ódio, o medo e a rejeição. Quando cuidamos de um animal, também aprendemos muitos comportamentos diários, tais como a limpeza, arrumação, preparação dos alimentos e responsabilidade.
Os animais são poderosos aliados para pessoas com necessidades especiais. Eles têm a capacidade de gerar mudanças no processo de aprendizagem e desenvolvimento. A maior dificuldade nas várias terapias é estabelecer uma atmosfera e uma sensação de intimidade, mas com animais de estimação – que sempre receberam os seus cuidadores com um amor incondicional – este processo torna-se muito mais fácil.
Os animais podem se tornar os nossos melhores amigos, necessitando da nossa protecção e ajuda. Eles têm também o poder de nos afectar. Domesticar um animal tem uma influência calmante nas crianças e ensina-as como comunicar com o ambiente. Em certos casos, os animais também servem de quebra-gelo, eles neutralizam os mecanismos de defesa da criança e proporcionam um contacto mais focalizado. Na presença dos animais, os terapeutas conseguem construir uma verdadeira e íntima relação com as crianças e assim começar um intervenção terapêutica.
Esta terapia tem como principais objectivos:

· Fortalecer laços sociais;

· Habilitar a criança a obter um maior conhecimento dela mesma e do ambiente que a rodeia;

· Aprender como tratar animais e pessoas com sensibilidade;

· Desenvolver uma maior auto-estima.

A terapia com animais mais conhecida é a que utiliza os cavalos como meio terapêutico. A esta terapia específica designamos de Hipoterapia.
A Hipoterapia tem como principais objectivos:

· melhorar o tónus muscular;
· o equilíbrio;
· a postura;
· a coordenação;
· o desenvolvimento motor;
· o bem-estar emocional.
A Hipoterapia é um termo que se refere ao uso do movimento do cavalo como uma estratégia de Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais e Terapeutas de Fala para resolver deficiências, limitações funcionais e disfunções neuromusculosqueléticas. Essa estratégia é usada como parte de um programa integrado de tratamento para alcançar resultados funcionais.
A marcha do cavalo fornece input sensorial através do movimento, que é variável, rítmico e repetitivo. As respostas de movimento resultantes do paciente são similares aos padrões de movimento da cintura pélvica (bacia) do humano durante a caminhada. A variabilidade da marcha do cavalo permite ao terapeuta classificar o grau de input sensorial para o paciente e, em seguida, utilizar este movimento, em combinação com outras estratégias terapêuticas para alcançar os resultados desejados. Os pacientes respondem entusiasticamente a esta agradável experiência de um ajuste natural.
O cavalo proporciona uma base de apoio dinâmica, tornando-se uma excelente ferramenta para aumentar a força e controle do tronco, o equilíbrio, uma melhor postura e planeamento motor. Os movimentos do cavalo proporcionam inputs sensoriais vestibulares, proprioceptivos, tácteis e visuais. Durante as diferentes transições da marcha, a criança deve realizar ajustes subtis do tronco para manter uma posição estável. Os efeitos do movimento sobre o controle postural, planeamento motor e sistemas sensorial e motor pode ser usado para facilitar a coordenação, a aquisição de respostas, controle respiratório, integração sensorial e capacidades de atenção.
Os cavalos utilizados no tratamento devem obedecer a critérios específicos de selecção de qualidade, temperamento e formação. Mesmo quando um cavalo ideal é utilizado, a qualidade do tratamento e os resultados estão baseados na formação especializada do terapeuta, a sua experiência clínica e perícia, e a boa integração da utilização do cavalo num abrangente programa de tratamento.
O terapeuta ocupacional, com uma especialização em Hipoterapia, é capaz de combinar os efeitos do movimento do cavalo com outras estratégias de intervenção para trabalhar o controle motor fino, integração sensorial, capacidade de alimentação, capacidades de atencão e capacidades funcionais da vida diária de uma maneira progressivamente desafiadora.


A hipoterapia tem demonstrado inúmeros resultados positivos. A criança com PEA pode receber desta terapia muitas capacidades funcionais, que promovem a sua independência.
Bibliografia:
http://www.americanhippotherapyassociation.org/index.html visitado em 7 de Janeiro de 2009 pelas 16:56

http://www.shalva.org/index.aspx visitado em 6 de Janeiro de 2009 às 20:03

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