Autismo - Olhando para o Futuro



Olhando para o Futuro...




Projecto Aurora





O projecto Aurora debruça-se na perspectiva como é que um Robot se pode tornar num brinquedo que poderá servir como papel terapêutico e educacional em crianças com autismo.
Este projecto tem como objectivo criar oportunidades e proporcionar às crianças com autismo interacções coordenadas e sincronizadas com o ambiente, ajudando-as a desenvolver e aumentar as suas aptidões de comunicação e interacção social. As habilidades sociais que este projecto pretende facilitar são a troca de turnos e a imitação, adicionando a comunicação geral e aptidões sociais que são requeridas no contacto humano.
Enquanto o mundo parece ser um lugar demasiado complexo e imprevisível para as crianças autistas, desta maneira, a integração gradual neste mundo é um importante factor a desenvolver nestas crianças.
As crianças autistas parecem estar confortáveis quando brincam com brinquedos simples e quando estão sozinhas. Contudo, este ambiente poderá não ser o ideal para o seu desenvolvimento.
Assim, com o uso de uma plataforma robótica é uma tentativa de ligar o abismo entre um ambiente, estável, previsível e seguro de um brinquedo simples e o mundo potencialmente imprevisível do contacto humano e da aprendizagem.


Deste modo, o uso de robots como brinquedos poderá simplificar o ambiente e, ao mesmo tempo, aumentar a complexidade de interacção, de acordo com as aptidões individuais de cada criança, ensinando-as aptidões sociais de interacção básicas usando a troca de turnos e jogos imitativos. Utilizando os robots como mediadores e como objectos de atenção dividida poderá encorajar a interacção estas crianças com os adultos e pares.





Projecto do Genoma do Autismo




Uma equipa multidisciplinar de investigadores portugueses participou numa segunda fase de um projecto internacional para identificar os genes responsáveis pelo autismo, anunciou o Instituto Nacional de Saúde (INSA) Ricardo Jorge.
A primeira fase do projecto, que criou o maior banco genético mundial e realizou uma análise genómica para mapear os genes de susceptibilidade para o autismo envolveu 120 cientistas, de mais de 50 instituições em 19 países.
A segunda fase do projecto, em que participou a equipa portuguesa, tinha como objectivo examinar todo o genoma para detectar associações de novos marcadores genéticos com o autismo e variações no número de cópias existentes ao longo dos cromossomas.
De acordo com o comunicado, os resultados obtidos vão permitir desenvolver novos projectos, como a sequenciação de ADN (ácido desoxirribonucleico) em larga escala "para identificar as alterações genéticas que levam a um aumento de susceptibilidade para o autismo".
A equipa multidisciplinar portuguesa que integrou o Projecto do Genoma do Autismo foi galardoada em 2005 com o Prémio Pfizer de Investigação Clínica por um estudo que identifica a prevalência do autismo em crianças em idade escolar, concluindo que existe uma associação entre o autismo e múltiplos genes. (in Diário de Notícias Online)




Instituto Gulbenkian da Ciência



O Instituto Gulbenkian da Ciência, situado em Oeiras, tem vindo a desenvolver estudos relacionados com doenças geneticamente complexas, como é o caso do autismo. Este organismo iniciou recentemente um projecto de investigação da doença, sob a responsabilidade de Astrid Moura Vicente.
O projecto está a desenvolver um estudo epidemiológico que visa determinar a frequência do autismo em Portugal. Propõe-se também estudar as famílias dos doentes de forma a melhorar a possibilidade de cálculo dos riscos de transmissão aos seus descendentes.
Em colaboração com o Instituto Gulbenkian da Ciência, trabalha neste projecto a Clínica de Autismo do Hospital Pediátrico de Coimbra, onde se encontram já doentes autistas em tratamento.
Para além do diagnóstico e avaliação da criança (realizados no Hospital Pediátrico de Coimbra), no instituto desenvolve-se uma investigação ao nível do ADN, que procura determinar a causa genética da doença. Procura-se saber quantos genes estão envolvidos no autismo e qual o seu local exacto, ao nível dos cromossomas. O objectivo final deste trabalho será identificar os genes envolvidos no autismo.





Instituto Pasteur identifica novo gene implicado no autismo



Um novo gene implicado no autismo, perturbação do desenvolvimento de origem misteriosa, foi identificada por investigadores do Instituto Pasteur, em Paris.
Esta investigação que mostra o “papel chave deste gene na organização das ligações entre os neurónios” foi publicada na Internet pela revista “Nature Genetics”. Mas “este gene, designado SHANK3, não explica todas as formas de autismo”, advertiu Thomas Bourgeron do Instituto Pasteur, responsável pelo estudo.
Em 2003, a sua equipa identificou – junto de pessoas autistas ou com o sindroma de Asperger (forma menos grave de autismo) – anomalias (mutações) em dois genes situados no cromossoma X. Os investigadores analisaram uma região do cromossoma 22. As alterações nesta região são responsáveis pelo atraso mental, autismo e problemas de linguagem, mas até agora o gene em causa ainda não tinha sido identificado.
Ao estudar cinco crianças de três famílias diferentes, os investigadores identificaram, naquela zona do cromossoma, o gene em questão, o SHANK3.
O autismo, que surge antes dos três anos de idade, “afecta cerca de uma em cada 200 crianças, com uma frequência quatro vezes maior nos rapazes”, explica Thomas Bourgeron do Instituto Pasteur, responsável pelo estudo. É caracterizado por défices na comunicação e relações sociais, associadas a comportamentos repetitivos, estereotipados. (in Público.pt)



Bibliografia
. Projecto Aurora – Acedido em 10-01-2009 às 16:30:
http://www.aurora-project.com/
. Diário de Notícias Online (acedido 10-01-2009 às 16:45)
. Acedido em 10-01-2009 às 17:00:
http://www.cienciaviva.pt/healthXXI/bxb_autismo/autismo5.asp
. Público.pt; Acedido em 10-01-2009 às 17:15: http://www.portaldafenix.com/index.php?topic=3147.0


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