Modelo de Dunn


Segundo Dunn, existe uma relação estreita entre os limites neurológicos e a auto-regulação, que conjugados levam a padrões específicos de processamento sensorial.
Os limites neurológicos dizem respeito ao ponto a partir do qual o input(estimulo) é suficiente para causar a activação da célula nervosa ou do sistema. Os limiares de estimulação são um contínuo de variações, em que se verifica baixos níveis de limiar (reage mais facilmente a um estimulo) e altos níveis de limiar (é necessário um maior input sensorial para existir resposta), e cada pessoa tem o seu limiar, não sendo um estímulo igualmente estimulante para uma e para outra pessoa.
Deste modo, o Modelo de Dunn permite interpretar e compreender os comportamentos das crianças a partir de uma perspectiva de processamento sensorial. Com base nesse conhecimento, terapeutas, professores e pais podem adequar o contexto clínico, escolar e familiar às suas necessidades sensoriais, possibilitando experiências satisfatórias e bem sucedidas.

Os adultos precisam de compreender as suas próprias necessidades de processamento sensorial para serem capazes de mediar as interacções com a criança.

O foco da intervenção do terapeuta ocupacional está no impacto que os padrões sensoriais da criança têm na sua participação em actividades diárias. O seu conhecimento especializado nesta área permite-lhe criar estratégias eficazes para incluir nas rotinas da criança por intermédio dos pais e dos professores.




Bibliografia

Teoria da Terapia Ocupacional III- Módulo de avaliação em neurologia: métodos de avaliação em terapia ocupacional. 2007

Maia M. S. Apontamentos da aula: Modelo de Dunn: Padrões de processamento sensorial. Novembro 2008

Dunn W., PhD, OTR, FAOTA. Supporting Children to Participate Successfully in Everyday Life by Using Sensory Processing Knowledge. Infants & Young Children. 2007; 20 (2). Acedido em: http://depts.washington.edu/isei/iyc/iyc_comments.html

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